June Garitano Iturbe é uma esquiadora alpina espanhola nascida em 2004 em Urretxu, Guipúzcoa. Representa a Federação Basca de Desportos de Inverno e compete pelo clube IRIMO Eski Kirol Kluba. Consolidou-se como uma das mais promissoras esquiadoras espanholas, destacando-se em competições nacionais e internacionais. Em 2021, sagrou-se Campeã Espanhola de Slalom Sub-18 e, em 2023, venceu o Campeonato Espanhol de Slalom Gigante em Baqueira Beret.

Para além do sucesso nacional, conquistou títulos em torneios internacionais, como o Troféu FIS Blanca Fernández Ochoa, em dezembro de 2023. Atualmente, faz parte da Equipa D da RFEDI-SPAINSNOW, representando Espanha em diversas competições internacionais. Com um futuro promissor, continua a crescer no esqui alpino e partilha a sua jornada com os seus seguidores nas redes sociais.
Como começou a sua paixão pelo desporto?
A minha paixão pelo desporto começou quando tinha 3 ou 4 anos, quando os meus pais me levaram a esquiar pela primeira vez. Não me lembro exatamente desse momento, mas lembro-me de quando era um pouco mais velho e me inscreveram em aulas de esqui todos os fins de semana.

Qual foi o maior desafio que enfrentou na sua carreira como atleta?
Sem dúvida que o maior desafio foi enfrentar os momentos em que não estava bem mentalmente, e isso refletiu-se em quadra.
O que significa para si ser atleta hoje?
Para mim, ser atleta hoje em dia é completamente normal. Não vejo nada de estranho numa mulher ser atleta e ambicionar chegar ao topo na sua disciplina.
De que momento da sua carreira se recorda com mais orgulho?
Recordo com especial orgulho todos aqueles momentos em que consegui ultrapassar uma situação difícil ou atingir um objetivo que tinha estabelecido para mim.

Já enfrentou obstáculos ou estereótipos por ser mulher no desporto? Como os superou?
A verdade é que não encontrei grandes obstáculos ou estereótipos por ser mulher no esqui alpino, pois é um desporto bastante equilibrado, onde tanto as mulheres como os homens competem. Não considero que os homens tenham prioridade para treinar numa pista específica em detrimento das mulheres; em vez disso, a decisão é baseada na classificação de cada indivíduo.
Que conselhos daria às raparigas que sonham seguir uma carreira no desporto?
Eu dir-lhes-ia para não hesitarem em pelo menos tentar, e se não resultar à primeira, não desistam. Na vida, é impossível que tudo corra bem à primeira tentativa, mas com perseverança e esforço, os resultados virão.
Como é que o desporto impactou a sua vida?
A verdade é que o desporto se tornou o centro da minha vida diária. Tive de adaptar os meus estudos à minha carreira desportiva, estudando online e esforçando-me muito. Também abdiquei de certas experiências que outras pessoas da minha idade apreciam, como a vida universitária tradicional.
Quem foi a sua maior inspiração no mundo do desporto?
A minha maior inspiração no mundo do desporto foram todas aquelas pessoas que nunca desistiram ao longo das suas carreiras desportivas, apesar de quão difícil era o momento, como Lindsey Vonn.
Como equilibra a sua carreira desportiva com a sua vida pessoal?
Devo dizer que, até há alguns anos, não conseguia equilibrar bem a minha carreira desportiva e a minha vida pessoal. No entanto, graças ao trabalho psicológico, percebi que se a minha vida pessoal não está a correr bem, é muito provável que a minha carreira desportiva também não esteja. Acho que é preciso encontrar um equilíbrio e saber diferenciar, por exemplo, quando estou a treinar e quando termino o treino.
Que mensagem gostaria de partilhar com outras mulheres neste dia especial?
Neste dia especial, gostaria de partilhar com outras mulheres que, por mais que o ambiente as impeça ou lhes diga para não tentarem mais, elas próprias conhecem melhor o seu corpo e as suas capacidades. Ouvir os seus instintos e seguir em frente com determinação é fundamental para alcançar os seus objetivos.